Thursday, July 27, 2006

Estrangeiros de merda: Portugal e o estrangeiro

Portugal e a Europa têm uma relação muito especial, nós somos como aquele primo pobre que todos nós temos (ou somos na maior parte dos casos). Somos como aquele primo que nos gaba o carro, que se senta no nosso sofá e diz “… e viva o luxo…”, que fica com aquela cara de boi a olhar para o palácio quando vê a nossa televisão, somos como aquele primo que fala aos amigos do nosso carro, como se fosse dele, e lá por dentro pensa assim “aquele filho da puta…que fez ele para merecer isto tudo…”Nós somos pior que esse primo parolo e desfavorecido monetariamente. Nós somos como aquele amigo de infância que parou de estudar no nono ano, que nos odeia por termos tido êxito e que não sente pudor nenhum em cravar nos dinheiro, porque não consegue arranjar um emprego porque a sua vocação é chular os outros, e como toda a gente sabe para se fazer disso profissão e tirar um curso superior, casar com as pessoas certas, e inscrever se no partido correcto na altura certa.
Nós portugueses, outrora povo descobrir de mundos, somos a escumalha mais interesseira, egoísta, e mal agradecida (neste ponto os franceses estão à nossa frente). Quantas vezes não ouviram amigos que foram em excursões dizer coisas do género: “o café espanhol é uma merda, ainda bem pior que a merda do café italiano”, ou então “nunca mais volto a Inglaterra a comida deles é uma merda”, enfim para o português o estrangeiro é uma merda, (os emigrantes não partilham desta opinião, mas também ninguém quer saber da opinião de alguém que conduz um Mercedes branco e ouve o Tony Carreira a altos berros), mas mesmo os emigrantes estão mortinhos para voltarem para Portugal, porque no fundo eles sabem (ou pelo menos acham que o estrangeiro é uma merda).
É verdade, o café italiano é uma bela porcaria, tal como o café espanhol e a comida inglesa a maior merda à face da Terra, mas no estrangeiro não nos roubam a carteira nos autocarros turísticos, as casas de banho estão limpas e quando vamos comer a um restaurante não triplicam o preço e quando pedimos uma indicação não nos mandam com enorme sorriso para a auto-estrada do norte, é claro que todos nós conhecemos uma mão cheia de pessoas que diriam logo “ não digas disparates eu estive numa casa de banho em Madrid que tinha merda por todo o lado, até no tecto aquela estrebaria tinha merda, e no metro em Paris fui assaltado por 20 franceses armados de navalhas…”. São estes mesmos estrangeiros de merda (como os carinhosamente os apelidamos por razão alguma) que todos os anos nos enviam subsídios, que vem directamente dos seus impostos, para nós construirmos estações de metro de mau gosto, para construirmos estádios de futebol e essencialmente para os nossos agricultores construírem piscinas e comprarem Mercedes, porque graças a Deus a geada fodeu a colheita toda…
Xenofobia, racismo… nem uma coisa nem outra, pura e simplesmente temos uma dor de cotovelo do caralho, porque outrora estivemos no topo e agora somos a pastilha presa na sola da Europa. Para o português, os estrangeiros estão sempre a foder nos, fodem nos na pesca, na agricultura, os filhos da puta até nos fodem na merda do futebol (ainda hoje se fala no jogo que perdemos contra Inglaterra em 1966, simplesmente porque os ingleses jogaram melhor). Na realidade os estrangeiros não tem culpa que pesquemos sardinhas em barquitos, dos quais o Vasco da Gama teria vergonha, usamos as técnicas mais atrasadas na agricultura e também não tem culpa da tradição de indisciplina, vaidade da selecção portuguesa.
É claro que não detestamos tudo o que vem de fora, porque se há coisa que Portugal gosta mais que uma derrota injusta e que sardinha em cima de pão de milho são as mulheres estrangeiras, nós adoramos as estrangeiras porque elas são altas, bonitas, louras e sexualmente desinibidas (ao contrário das nossas marias de perna curta, peida grande, bigodinho e mais hipócritas em relação ao sexo que um padre americano com um catalogo da Chicco na mão). Ainda há esperança para o estrangeiro…
Por curiosidade resolvi fazer um levantamento dos países mais detestados em Portugal.
Espanha:
Como nós detestamos os “nuestros hermanos”. Palavras como Aljubarrota continuam vivas na nossa memória, (claro que foi confortavelmente esquecido o facto de que se não tivessem sido os ingleses com as suas armas e estratégias estávamos bem fodidos). Apesar de termos dado o braço a torcer em relação à paella e ás tapas, continuamos apelidar a comida espanhola de “comida de merda”, achamos os espanhóis uns ciganões que falam alto e não se sabem comportar, mas adoramos as espanholas (apesar das porcalhonas não tomarem banho e porem perfume por cima do sarro acumulado de um dia de trabalho).
Os cabrões dos espanhóis são os culpados de todos os nossos problemas: roubam nos a água nas suas barragens, vendem nos as suas frutas e legumes, alimentados com produtos nucleares, a preços baixos atirando os nossos agricultores para a miséria, invadem o nosso mar e roubam o peixe todo… enfim para nós os espanhóis são o diabo na Terra, e os portugueses como bons católicos detestamos os espanhóis tão fervorosamente como os benfiquistas detestam os sportinguistas. Alias detestamos tanto os espanhóis que o General Franco enviou a família real espanhola para Portugal, com esperança que alguém o matasse.
Em jeito de conclusão nós detestamos os espanhóis, temos doentio fetiche pelas espanholas e se pudéssemos declarávamos guerra a Espanha e dávamos cabo daquilo tudo.

França

Detestamos os franceses, e com razão, esses francius de merda invadiram nos, foram salvos por nós na 1 guerra mundial, e no entanto tratam nos como se fossemos a pior escória do mundo. Claro que este facto é perdoável, uma vez que eles são snobes e mal-educados com todas as pessoas do mundo.
Mas porque é que detestamos os franceses? Podíamos dizer que se deve ao facto de eles reprimirem e explorarem os nossos emigras, mas não as razoes porque os detestamos devem-se pura e simplesmente a dois factos: em primeiro lugar os franceses como membros da grande e morena família latina são os mais bichas dos latinos, são como os primos paneleiros que a maior parte das pessoas tem e detestam e negam; e em segundo lugar só posso dizer isto, Michel Platini, europeu de 1984, filhos da puta…
Querem mais razões?

Inglaterra

Temos com eles uma das mais antigas alianças do mundo, detestamos a sua arrogância, as suas invasões no Verão, o triplicar do preço das sardinhas por sua causa, ainda não nos esquecemos do ultimatum (grandas filhos da puta, esses bretões do caralho, ricos amigos hein?), no entanto adoramos as inglesas, adoramos o seu entre pernas, porque pura e simplesmente os bárbaros anglo saxónicos desconhecem a arte de amar (ainda que temporariamente) uma mulher (mas eles também não se importam, ao fim ao cabo não passam de uma nação de cornos que precisam de hostilizar países pequenos para se sentirem machos).
No entanto os ingleses são essenciais para nossa economia, que seria dos carteiristas de Alfama, Mouraria e Costa do Castelo se não fossem os “camónes”? Que seriam dos restaurantes da baixa, onde podemos comer a bela da sardinha rançosa a 15 euros a dose? Que seriam dos restaurantes e hotéis do Algarve? Que seria da vida sexual do Zézé Camarinha (e sem escárnio, ou mal dizer, digo que cada vez que este senhor encava uma bifa está a vingar um Portugal injustiçado pelo Ultimatum, pelo tratado de Methuen, e por outras merdas que tivemos que aturar).
Enfim, detestamos os bifes, adoramos as suas mulheres e o conteúdo das suas carteiras dão dinamismo à merda da nossa economia do terceiro mundo. Enquanto não descobrirmos petróleo ao largo das Berlengas, ou instalarmos uma central nuclear nas margens do Tejo, lá para os lados do Barreiro, temos que aturar estes gajos.

Eu podia desenrolar uma lista enorme de países que detestamos, mas estes servem de amostra. Agora vamos ver os países que nós adoramos:

Galiza:
Não é um país, mas Portugal é o único país no mundo que o reconhece como tal.
Irmãos na luta contra o demónio espanhol, estes nossos irmãos oprimidos falam a mesma língua que nós, tem uma comida fabulosa e são tão labregos como nós. São tão nossos amigos, amam nos de tal forma que eram capaz de se juntar nós, verem o seu nível de vida descer, só para serem portugueses. Eu adoro os galegos, e os portugueses também.

País Basco:

Mais um pais imaginário que Portugal reconhece a independência e acolhe os seus terroristas (aliás soldados da liberdade). Não gostamos tanto deles como dos Galegos, (especialmente porque não se querem juntar a nós, e porque não falam a mesma língua) no entanto a sua luta é alvo da nossa solidariedade, ao fim ao cabo fizemos o que eles estão a fazer agora durante séculos e séculos.
Viva País Basco, a luta continua (peço desculpa aos nossos camaradas bascos por não saber dizer isto em Euskadi).

Escócia e Irlanda:

Dois países, duas nacionalidades que não conseguimos distinguir dos ingleses muito bem. Ás vezes são assaltados no eléctrico 15 e no elevador da Glória, mas tudo por engano, mas no momento em que nos desvendam a sua identidade rendemos nos totalmente. Irmãos de armas na luta contra a barbárie inglesa, estes camaradas de sangue e alma celta são os poetas que inventaram e aperfeiçoaram o whisky, e que comemoram as derrotas dos seus clubes na praça do Comercio cantando e abraçando os portugueses.
Quase todos os portugueses que viram o Braveheart choraram, e quase todos os portugueses sentem uma empatia com o Ira, aliás basta ver o sucesso que bandas de merda irlandesas como os Corrs, os Crainberries e os U2 tem em Portugal.



Que nos diz esta analise?
Simplesmente isto, detestamos países grandes e opressores, porque nos pisam e nos humilham, e sentimos uma enorme empatia com os pequenos países incompetentes que não conseguem ter independência. A nossa independência foi um erro do Destino, um deslize de Deus, os Descobrimentos foram o maior golpe de sorte na História da Humanidade (tirando o Império Mongol) e o Quinto Império a maior treta que alguém já inventou. Nós devíamos ser dependentes, devíamos estar subjugados porque só desta forma somos fortes e audazes, (senão acreditem basta comparar o rei D. Afonso Henriques a todos os chefes de estado, excepto o Marquês do Pombal e o rei D. João II, e digo já que nenhum desses bananas do caralho tem a fibra desse grande português que foi o nosso primeiro rei).
Nós não somos um povo feito para ser livre, só fazemos merda (duas palavras para os entendidos: semi-presidencialismo), fomos feitos para sermos pisados e humilhados, só desta forma somos grandes, caso contrario somos uma cambada de barrigudos de bigode, que olham o horizonte de olhar vago e com espuma de imperial no bigode, enquanto tiramos um pedaço de tremoço da cárie com ajuda de um bilhete de autocarro.

Senão concordam comigo, bem que se podem ir foder.

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Baggy trousers: para os que se queixam da carga negativa deste blog ;)

Wednesday, July 26, 2006

Vítimas

É isso mesmo: vão pra Goa, tomem drogas, oiçam trance, façam colares para vender a turistas estúpidos. Vão para Goa e sejam vitimas de desinteria, sejam vítimas de estupidez crónica porque passam o dia rodeados de charrados estúpidos, sejam vítimas de doenças de pele e de cáries. Sejam vítimas de vocês próprios.
Que estou eu para aqui a escrever? Vocês não precisam de ir para Goa para serem vítimas de vocês próprios, já o conseguem em Portugal porque vocês não passam de mamíferos, gordos e estupidos que procuram alcançar merdas inuteis como sucesso no emprego e a porra do plasma de 5000000 euros, e não me venham com as merdas "da familia e filhos" porque os vossos filhos são educados pela televisão e por aquela besta nutritiva do Capitão Iglo.
Esta é a verdade: vocês são vitimas de vocês próprios.
Vocês são vitimas dos vossos comportamentos aberrantes, vocês são vitimas das vossas aspirações materiais. Vocês são vitimas do cabrão do monovolume, das roupas de marca e das férias em Cuba e Torremolinos ( como é que alguém vai a essas merdas de sítios e se sente orgulhoso? poupem dinheiro vão a Chelas em Agosto, é igual a Cuba).
Vocês submetem se ao ter de acordar ás 9 horas, submetem se ao vosso patrão , esse cabrão gordo, suado e com falta de gosto.Espetem lhe um lápis na carótida.
Não me venham dizer que gostam muito do vosso trabalho porque eu não acredito que alguém goste de estar 8 horas sentado, rodeado de atrasados mentais e a cumprir ordens de um atrasado mental ainda maior.
Pensando bem até acredito , tendo em conta que a maior parte de vocês não passa mesmo disso : um atrasado mental.
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Saturday, July 22, 2006

Mão poética


De vez enquando dou um saltinho a outros blogs e não pude deixar de reparar que em muitos blogs as pessoas tiram fotos a si próprias ou a partes do seu próprio corpo, metem no photoshop, colocam a foto a preto e branco e apresentam como uma espécie de manifestação artistica, uma espécie de poesia da imagem.
Depois lá vem alguém comentar o quão bela a foto é, como tá cheia de sentimento e outras merdas que tais tão próprias e dignas de qualquer idiota fã do Paulo Coelho.
Eu decidi por uma foto da minha mão no meu blog, decidi que também quero ser um artista, um poeta da imagem, quero que me vejam também como um ser sensivél, doce, carinhoso e ansioso de afecto que não sou, mas que pretendo ser visto hoje esta cena de ser oldschool não está muito na moda e a minha vida sexual precisa de um upgrade.
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Israel vs Mundo Árabe.

Aqui está um tema sobre o qual todos gostam de opiniar (uns mal e outros menos mal).A grande razão deste conflito deve se à inveja entre vizinhos, mas elevada à décima potência.Todos nós já sentimos este sentimento quando o nosso vizinho aparece repentinamente com um grande carro, tipo um BMW, ou vai passar férias a Cuba, ficando nós cá em Portugal com meia dúzia de bilhetes para a carrinha para a Costa da Caparica. Muitas vezes invejamos as mulheres dos nossos vizinhos, os seus filhos bem educados ( ao contrário dos pré criminosos que temos ou somos).Muitas vezes o nosso vizinho até é um tipo porreiro e nós pensamos assim: " Até é um gajo impecavél" e por ser um gajo fixe incorre nas nossas boas graças. O pior é quando o gajo ouve música alto ou estaciona no nosso lugar... O nosso vizinho passa a ser traficante de droga e a estar metido em negócios escuros "porque aquele dinheiro todo não pode aparecer do nada" então os nossos sonhos com a Mónica Bellucci a aquela rapariga que transporta as bilhas do gás, são substituidos por doces sonhos em que o GOE entra em casa do nosso vizinho pela janela, mata lhe a familia e prende o.O nosso "querido" vizinho submetido a uma maratona judicial onde é acusado de pedofilia, tráfico de droga, associação a grupos terrorista, por violar ovelhas et e tal. E quando o estamos a imaginar na prisão a partir pedra na prisão...acordamos.O mesmo se passa com os palestinianos. Imaginem que vocês vivem numa terra onde a fauna e a flora são iguais á geologia? Imaginem que as vossas mulheres andam tapadas da cabeça aos pés e que quando vão dormir ela se despe, vocês quase que choram porque ela é feia e tem bigode ( não me chamem racista, se as mulheres dos árabes fossem boas e bonitas eles não se matavam)? Imaginem que a vossa religião os impede de comer entremeada e costoletas de porco? Imaginem que precisam de 20 anos para aprender todas as regras para viver sem ofender Alá?Agora imaginem que os vossos vizinhos tem casas porreiras, mulheres bonitas, filhos bonitos, tem dinheiro, podem comer carne de porco à vontade porque a lei deles não é um reflexo da religião e que podem andar em discotecas á vontade com montes de boazonas em fato de banho ( vi isto no fashion Tv).Pois é...no mínimo o que dá vontade de fazer é lançar algumas bombas por cima deles...
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Thursday, July 20, 2006

Expansionismo lusitano

Todos nós temos um ou dois amigos que depois de virem de uma viagem no estrangeiro dizem sempre assim:- Ena pá, estive em tal sítio e lá as gajas são muita boas e comi umas 35673 gajas (exagero meu).Isto faz me sempre uma certa confusão, primeiro porque não sou muito viajado e segundo porque já conheci alguns estrangeiros e algumas estrangeiras (e tirando o assédio feito por uma velha holandesa podre de bêbeda que me tentou apalpar os tomates...) não me pareceram pessoas com uma líbido maior que a nossa.Claro que toda a gente sabe que um português em Portugal é um rato, no estrangeiro é um leão, mas há pormenores que não batem certo nestas histórias.Em primeiro lugar como é que gajos, que por norma, passam o ano todo a esgalhar o bicho, ou quando não é assim tem namoradas feias como o caraças, vão ao estrangeiro e comem o melhor que há lá fora? Pois é...cheira um bocadinho a tanga não é?Mas vamos ver por este prisma: se os portugueses fossem um povo bonito seria de esperar que as estrangeiras nos caíssem aos pés, mas nós somos feios. O país parece uma convenção de feios: os homens sao morenos, baixos, quando velhos ficam gordos, tem mau gosto para se vestir, tem montes de pelos (eu sou alto e tenho bom gosto a vestir me mas compenso nos pêlos). As mulheres são baixas, tem bigode e pernas grossas. Aliás como diz o Miguel Esteves Cardoso se o Saddam não fosse iraquiano, com aquela cara e bigode só podia ser português.
Até podíamos dizer que os portugueses têm "charme" (aquela coisa a que os feios se agarram para conseguir ter sexo quando são pobres). Um português com charme, boa educação, civismo e sofisticação é algo...inimaginável. É como ver um espanhol corajoso ou um francês com bons hábitos de higiene.
O tio Jaime consegue expelir coisas dos pulmões do tamanho de alperces e cuspi las a mais de 25 metros. E gaba se disso. E faz demonstrações quando confunde o esgar de nojo na cara das pessoas com uma expressão de dúvida. Como o meu tio Jaime existem milhões de portugueses, homens e mulheres de bigode, que usam fato de treino ao fim de semana, que cortam as unhas em público, que são o terror de Torre Molinos.
Enfim não temos grande coisa a nosso favor em relação aos outros povos. Eles são mais altos, mais bonitos, inteligentes e não me venham com merdas, eles tem as melhores maneiras do mundo.
Isto remete nos para duas questões: ou os nossos conhecidos e amigos que vão ao estrangeiro são uns mentirosos do caraças ou então passa se algo de muito estranho quando um português atravessa uma fronteira.
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Friday, July 14, 2006

A importancia de não dizer merda.

Quando estou a falar de dizer merda, não me estou a referir a ataques de diarreia verbal, como aqueles que assistimos no canal do Parlamento ou na maioria dos programas do "social", nem estou a falar das colunas escritas por cronistas feministas de meia e idade em plena menopausa.Estou a referir me mesmo á palavra merda.Não diga merda, não por uma questão estética, porque apesar de merda parecer o nome de um bairro social em Chelas, não é motivo para discriminação. Se fosse esse o caso palavras como Aníbal, rodovalho e burrié teriam de ser eliminadas da língua portuguesa.O meu apelo ao não uso da palavra merda deve se ao facto de ser uma palavra muito negativa, muito apelativa aos sentidos. É crua e verdadeira, como um romance neo realista sobre lésbicas da classe operária com doenças venéras.Diga foda-se, diga caralho, mesmo em momentos mais apertados estas duas expressões trazem um toque bem humorado ao momento.Merda é muito negativo, muito pesado, traz á lembrança as poias largadas pelos lulus nas ruas de Lisboa, criam se imagens na mente das pessoas...espirais castanhas.Nunca diga á mesa a palvra merda, conheço um cozinheiro francês que matou um cliente porque este disse "mérde" á mesa. Dizer merda á mesa é como dizer Satanás numa igreja, uma vez que é tal a profusão de sensações provocadas pela pronúncia da palavra.Mas se quiser provocar um desacato, ou uma briga que dure para as próximas gerações faça como Giacomo Capulleto na casa de Bambino Montechio, "que mierda de canelonni". O ponto máximo desta questão deu se 7 gerações depois com o episódio de Romeu e Julieta.Viva feliz, viva alegre e sem inimigos.
Não diga merda
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Thursday, July 13, 2006

The meaning of life

Arranjar um trabalho.
Casar.
Ter filhos.
Comprar um carro e roupas da moda que na próxima estação já não servirão.
Almoçar fora ao Domingo.
Ter sexo para manutenção do contrato conjugal.
Arranjar uma amante.
Fazer horas extras para passar férias no Algarve, ou comprar um carro melhor.
Almoçar e conviver com pessoas que só falam do trabalho.
Só conseguir falar do trabalho, porque ele é o centro da nossa vida.
Usar fato e gravata cinco dias por semana.
Viver os nossos sonhos em dvds piratas comprados aos ciganos.
Engordar.
Passar 30 anos a pagar uma casa.
Ficar careca.
Reforma aos 65, cancro aos 66, morte aos 70.
Será isto mesmo que queremos da nossa vida?
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Wednesday, July 12, 2006

E porque recordar é viver: Chuck Norris


Já mais de uma pessoa me perguntou qual a minha obcessão pelo Chuck Norris.Hoje é o dia em que vão ter a resposta.Cuck Norris para mim é um herói, um verdadeiro mito, um modelo de vida. Ele foi mais que um campeão de Karaté, ele foi mais que um grande actor.Numa época em que Freddie Mercury andava nas bocas do mundo, Chuck Norris salvou Portugal de uma crise exsitencial, provando que era possivel ter bigode e não ser bicha. 9 milhões de portugueses e portuguesas agradeceram.Chuck Norris é o verdadeiro homem da Renascença.Chuck Norris sabe artes marciais, sabe andar a cavalo, sabe cozinhar, sabe pintar, é um cantor fabuloso (quem não se lembra do tema do Rnager do Texas?), é um poeta magnífico (quem não se lembra do poema "in the eyes of the ranger?"), sabe esculpir (Chuck Norris esculpiu um estátua, em honra do Charles Bronson, em mármore com as próprias mãos).Claro que todas estas capacidades são resultado da experiência de vida de Chuck Norris.Chuck Norris foi criado numa reserva índia onde aprendeu a caçar com o arco, a falar com espíritos e a escalpar um ser humano. Foi aqui que ganhou o seu nome de espiritual Washo (que quer dizer bem dotado).Aos 12 anos inscreveu se nos Marines e aos 13 foi enviado para a guerra do Vietnam. Ao fim de algumas horas em solo vietnamita ganha 5 medalhas por coragem sob fogo, masculinidade extrema etc e tal.Entre os seus feitos de maior destaque temos: a eliminação de um esquadrão vietcong com apenas os seus punhos e pés, desviou uma bomba de napalm com um roundhouse kick, matou Ho chi minh e depôs o governo comunista no Vietnam do Norte.Depois de ter acabado a guerra partiu para o Japão onde aprendeu os segredos dos ninjas. Partiu para os EUA para montar uma lucrativa rede de ginásios chamadas "Chuck Norris".Chuck Norris ganhou todos os campeonatos mundiais de artes marciais nos 50 anos seguintes (incluindo o campeonato distrital de karaté de odivelas, o que para bom entendedor meia palavra basta).Uns anos depois descobriu que tinha deixado uma mulher e um filho no Vietnam (toda a gente tem direito a esquecer se alguma coisa de vez enquando e Chuck Norris não é perfeito , apesar de parecer).Chuck Norris partiu mais uma vez para o Vietnam onde enfrentou os fantasmas do passado, matou uma ratazana com os dentes e salvou a sua mulher, o seu filho, um padre jesuíta, uma freira coxa e 500000000 crianças vietnamitas.Chuck Norris após uma luta, com os seus próprios fantasmas, abandonou a competição e dedicou se a ajudar o próximo.Hoje em dia Chuck Norris ajuda os cidadãos do seu Estado como ranger do Texas e vende aparelhos para treinar os abdominais.
Este é o Chuck Norris que me inspirou, o Chuck Norris que nos diz que quando tudo falha devemos agir por nós próprios.
Foi esta inspiração que fez com que 5 professores da minha universidade aparecessem mortos com o pescoço partido.
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Wednesday, July 05, 2006

A sabedoria de Eça de Queirós


" A Universidade, que, em todas as nações, é para os estudantes uma Alma Mater, a mãe criadora, por quem sempre se conserva através da vida um amor filial, era para todos nós uma madrasta, carrancuda, rabugebta, de quem todo o espírito digno se desejava libertar, rapidamente, desde que lhe tivesse arrancado pela astúcia, pela empenhoca, pela sujeição à sebenta, esse grau que o Estado, seu cúmplice, tornava a chave das carreiras.", "A Universidade era, com efeito, uma grande escola de revolução:e, pela experiência da sua tirania, aprendiamos a detestar todos os tiranos, a irmanar com todos os escravos".
Estas foram as palavras de Eça de Queirós quando frequentava a Universidade de Coimbra e, como diz muito intelectual português depois de ver no cinema essa pornochachada do crime do padre Amaro, o Eça é um daqueles tipos que é sempre actual.
O que é uma pena.
Hoje em dia a Universidade é um antro de mentes menores, egos fracos e vontades sádicas, para além de ser um hino à verdadeira medíocridade intelectual, perpétuada pelos anacrónicos professores académicos que tem 90 anos à 500 anos.
Até aqui tudo bem, é ridículo, é catita, é kitsch e se alguém pensar bem até dava para fazer uma sitcom sobre a vida numa universidade.
O problema que surge é que a Universidade é a casa-mãe dos políticos portugueses. Quase todos os políticos tem uma carreira académica, como professores, ou tem outras ligações, permitindo desta forma que ,em época de maré baixa política, os nossos políticos encontrem sustento para as suas vidas ociosas, contradizendo as teorias de Darwin.
Para quem andou na universidade sabe bem que os professores universitários são na sua maioria patetas, burros, déspotas em potência (para contrabalançar com os seus complexos de inferioridade) e pior de tudo recusam se a inovar.
Eu tive um professor (que era um verdadeiro pateta, mas que tinha razão em algumas coisas que dizia) que era da opinião que todos os textos com leis deviam ser rasgados e os juízes deviam usar do bom senso. Outro professor que tive costumava atacar violentamente o Marquês do Pombal (a figura histórica e não a estátua, se bem que eu acreditasse que ele fosse capaz disso) achando que o dito senhor era o culpado pelo estado de Portugal na actualidade.
Ambos são o oposto polar um do outro e ambos são patetas (sim portugueses e portuguesas os homens que escrevem as vossas leis, os homens que ensinam os vossos juízes, advogados e magistrados são patetas).
E é no meio desta patetice, idiotice e pseudo despotismo que vão saindo os nossos políticos, sem nunca passarem por uma profissão a sério.
Será que Portugal não muda? Será que não se acaba com este complexo de "casa maçónica" que as universidades sofrem? Será que para o ano eu vou ter aulas com algum dos idiotas que está agora no Governo?
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Ps: Que tal para o ano não existir campeonato nacional de futebol? eu gostava de ver turbas à porta das sedes dos partidos, do parlamento e dos ministérios quando eles fizessem merda.

Tuesday, July 04, 2006

Crítica Porno


Filme da semana: anal deliquents

Seguindo a ultima tendência, que marca não só o mundo da industria pornográfica como também Hollywood, estamos perante mais um filme sobre a verdade nua e crua da delinquência juvenil.
Apesar deste parecer mais um filme sobre criminalidade existe um pequeno toque poético como é narrada a história.
O realizador, que assina com o nome de Sin City, lembra Fernando Meirelles e a sua cidade de Deus, a dureza da vida e aquilo que há de cru na vida de uma delinquente são representadas muitas vezes pela deficiente iluminação das cenas. Há quem o considere artístico, há quem o considere cliché, há quem considere falta de profissionalismo, eu bato palma.
O filme fala do vazio existencial sofrido por uma delinquente juvenil, interpretada por Aurora Snow ( quem não se lembra da interpretação fabulosa em up your ass?) vazio este que é preenchido por festas sem fim onde tudo é possível.
No entanto não há bela sem senão e talvez numa busca incessante da imagem, o realizador utiliza demasiados close ups sejam nas expressões faciais, que muitas vezes provocam uma intensidade de emoções sentidas pelo espectador, como pelos close ups prolongados das cenas mais emocionais, situação essa que nos lembra as obras mais existenciais de Manoel de Oliveira.
Contado com os vícios e virtudes deste filme só posso aplaudir a lufada de ar fresco que anal delinquents traz ao panorama da porno neo realista.Este filme leva 7 pontos
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Sunday, July 02, 2006